terça-feira, 9 de junho de 2009

VALE A PENA LER DE NOVO

Hotel Chelsea
Não sou agarrado a conceitos. No entanto, aquilo que leio faz-me reflectir sobre assuntos que para muitos são conceitos transformados em verdades absolutas. Desculpem-me os que são crentes, mas para nós não passam de vocabulário desactualizado.
Refiro-me a conceitos como treino físico, preparação física, pastas de preparação física, entre outros. Não critico quem pensa desta forma. Critico quem compara o nosso processo com outros processos. Os processos de treino e competição são todos diferentes. Para nós é uma questão de concepção, mas mais do que isso é uma questão de “operacionalização”.
Começo por dizer o que tenho dito noutras alturas: não tenho preparador físico, pelo que não posso ter pastas de preparação física, pois como líder responsável pelo processo não teria pasta para lhe dar! Tenho sim colaboradores no processo de treino e jogo, com funções muito específicas, de acordo com as necessidades de gestão de uma época longa. Tudo se relaciona com a forma como treinamos. Não temos espaço para o treino físico, isto é, não temos espaço para os tradicionais treinos de resistência, força ou velocidade. É tudo uma questão de comportamentos! Exercitamos o nosso modelo de jogo, exercitamos os nossos princípios e subprincípios de jogo, adaptamos os jogadores a ideias comuns a todos, de forma a estabelecer a mesma linguagem comportamental. Trabalhamos exclusivamente as situações de jogo que me interessam, fazemos a sua distribuição semanal de acordo com a nossa lógica de recuperação, treino e competição, progressividade e alternância. Criamos hábitos com vista à manutenção da forma desportiva da equipa, que se traduz por um frequente “jogar bem”.
Sei que é uma questão difícil de desmontar sob o ponto de vista cultural. Além do mais existem pessoas, por direito próprio, a pensar de forma radicalmente oposta. Mesmo para os que dizem treinar com situações de jogos reduzidos, porque mesmo esses vivem agarrados e obcecados com tempos de exercitação, de repouso, repetições, etc. Todas estas questões são para nós “acessórias”. O que é crucial é mesmo o conteúdo de princípios de jogo inerentes a cada exercício e a relação interactiva que estabelecemos com o mesmo. O que é mesmo fundamental é entender que aquilo que procuramos é a qualidade de trabalho e não a quantidade, treinar para jogar melhor.
José Mourinho, na revista Record DEZ de 15 de Outubro de 2005

4 comentários:

  1. valeu mesmo a pena ler...Olá keria fazer-t uma pergunta-como é k faço para conseguir o seu livro?"defender à zona no futebol:um pretexto...", o meu sonho é ser um dia treinador de futebol e acho k este livro será mto bom para me ajudar nas minhas ideias sobre futebol... fui na FNAC e disseram k o livro ja nao ta no mercado e como voçe é o autor e tbem como desejo te-lo achei melhor perguntar a voçe k é o autor.Um abraço e continua com o trabalho k tem vindo a fazer neste blog e k deus keira k um dia passara para um site.

    ResponderEliminar
  2. Olá! Em relação ao livro, deixe aqui o seu e-mail que eu contacto-o. Mas posso já adiantar que costumo enviar à cobrança pelo correio.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  3. Já deixei o meu e-mail... Aguardo um contacto!

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Tiago, não sei o que fiz ao teu e-mail. Recebi vários e devo ter perdido o teu. Manda novamente.
    Abraço

    ResponderEliminar