terça-feira, 30 de junho de 2009

QUEM FALA ASSIM NÃO É GAGO

A necessidade de considerar os «testes» um tanto como os «bikinis», ou seja, mostram muita coisa mas não deixam ver o essencial!
Vítor Frade (1985)

terça-feira, 23 de junho de 2009

FUTEBOL (COM) SENTIDO

Parte IV
O emergir do Micro no Macro num Contexto Específico

Retomando a discussão em torno possível coexistência de pivôs e “médios transportadores”, questiono se a existência de um “médio transportador” não se coaduna com qualquer uma das posições do sector intermédio. Aceito sem qualquer problema tal concepção, contudo, não limitaria tanto, sob pena de ao limitar tornar limitativa uma determinada concepção de jogo.

No meu entendimento, não deverá ser hipotecada à partida a possibilidade da lógica do “médio transportador” emergir no seio do jogar de uma equipa. A existência, numa equipa, de um “médio transportador” ou de alguém que seja capaz de desempenhar tal função, sem que contudo esta se converta no primado da dinâmica colectiva da equipa pode ser, quanto a mim, útil à equipa em determinados momentos, uma vez que poderá dotá-la de outro tipo de soluções face a determinados tipos de padrões de problemas que os adversários podem colocar e que dificultam a lógica do pivô. De notar, contudo, que se tratará sempre de uma nuance estratégica (plano Micro) sem que, com isso, se observe a subversão daquele que é o jogar da equipa (plano Macro). Vejo tal possibilidade como um acrescento qualitativo a um determinado jogar, no sentido em que conferirá, à equipa, uma maior variabilidade. Poderá conseguir acelerar e desacelerar em passe, mas também em condução.

Voltando ao Cristián Rodríguez, será que faz sentido não explorar as suas potencialidades e singularidades? Tendo ele a singularidade de ser um transportador devemos reprimi-lo? Inequivocamente, tem qualidade e acrescenta à equipa coisas que os outros não conseguem acrescentar. Abdicamos então de tudo isso? Ou procuramos criar um contexto que lhe permita evidenciar tais singularidades, sem hipotecar a dinâmica e a organização colectiva? Para mim, a opção passará por tentar encontrar resposta para esta última questão. Tarefa mais difícil, mas talvez também mais proveitosa.

No início da época, Rodríguez, jogando como extremo, parecia-me um jogador trapalhão, demasiado sôfrego e posicionava-se sempre em zonas muito interiores, retirando largura à equipa no sector ofensivo e, por consequência, espaço e tempo aos jogadores deste sector. Na verdade, faltava-lhe espaço em profundidade para transportar e desequilibrar em drible. Ao partir de posições muito adiantadas pouco espaço tinha para explorar. Aquando da sua passagem para uma posição mais recuada, funcionando como “quarto médio”, conseguiu encontrar espaço para evidenciar as suas singularidades e mostrar a sua eficácia ao nível do transporte da bola. Não obstante a eficácia ao nível das transições ofensivas por parte da equipa, esta subdinâmica, pela sua exacerbação implicou que a equipa abdicasse da função de pivô em tais momentos, o que se repercute num jogar em que predomina a exploração cega das transições ofensivas por este meio.

Além deste aspecto, que leva o jogo a cair na "vertigem do jogar rápido" e não na lógica de jogar com a velocidade que o jogo exige, o facto de um jogador se assumir como referência nos momentos de transição tem implicações muito diversas e perniciosas para equipas que aspirem a um jogar circulado, dominador e controlador. Senão vejamos, ao assumir-se como referência na ligação da equipa às zonas mais adiantadas do terreno, tende a aproximar-se da zona da bola. Ora, isto tem implicações, como um desgaste acrescido deste jogador, a perda permanente de posição, com a agravante de roubar espaço e obrigar os demais jogadores a reajustarem e, por arrasto, a saírem das suas posições, com especial relevância para o pivô que, por ser obrigado a tal, deixa de o poder ser.

Note-se, ainda, que o recuo de Rodríguez para iniciar tais acções, apesar de lhe permitir ter mais espaço para explorar através do transporte de bola, obriga-o a jogar em zonas muito distantes da baliza, desgastando-se em corridas sucessivas e cuja eficácia poderia ser maior caso as iniciasse um pouco mais à frente, mas não na mesma linha dos jogadores mais adiantados. Desse modo, permitiria que o pivô pudesse jogar no seu espaço e que os jogadores mais adiantados tivessem mais espaço a explorar, e a abrir para possíveis entradas deste jogador que, aparecendo lá – e não partindo de lá – criaria maiores constrangimentos aos adversários.

Penso que, se Rodríguez crescer a este nível, ou seja, se for capaz de reconhecer os espaços a ocupar e a explorar, e se a equipa do FC Porto quiser não hipotecar a lógica do pivô, poderá fazê-lo. Não com Fernando a exercer tais funções, mas com Raul Meireles, um jogador que joga o jogo todo, que tem critério tanto com bola como sem bola, e que poderá dar à equipa um acrescento qualitativo significativo no desempenho de tais funções.

Por isso, considero que a presença do pivô e de um “médio transportador” não tem, necessariamente, que resultar num divórcio. Entendo mesmo que poderá ser um casamento feliz e fértil. Fértil no sentido de poder parir um jogar de qualidade. O desafio passa pela criação de uma dinâmica colectiva que possibilite tal casamento. O que implica que o jogar da equipa, mesmo assentando na lógica do pivô, isto é, reconhecendo preponderância e primazia a este jogador, possibilite o emergir, num contexto específico, e tendo em consideração um determinado padrão de problemas, das potencialidades do “transportador”. Trata-se, deste modo, de não renunciar às subdinâmicas do “médio transportador”, mas sim de aproveitá-las para a dinâmica colectiva. Tendo como âncora a presença do pivô. Perspectivando de modo correcto aquilo que é o plano Macro e o Plano Micro do jogar de uma equipa!

Jorge Maciel

segunda-feira, 15 de junho de 2009

QUEM FALA ASSIM NÃO É GAGO

Toda a diferença está na concepção de quem enaltece o supérfluo e não o essencial: o esforço só faz sentido quando se joga verdadeiramente; o músculo só conta se o cérebro estiver a funcionar; a velocidade só tem importância se quem a utiliza souber travar, tal como a coragem só serve de arma enquanto houver gente com medo.
Rui Dias (2002)

terça-feira, 9 de junho de 2009

VALE A PENA LER DE NOVO

Hotel Chelsea
Não sou agarrado a conceitos. No entanto, aquilo que leio faz-me reflectir sobre assuntos que para muitos são conceitos transformados em verdades absolutas. Desculpem-me os que são crentes, mas para nós não passam de vocabulário desactualizado.
Refiro-me a conceitos como treino físico, preparação física, pastas de preparação física, entre outros. Não critico quem pensa desta forma. Critico quem compara o nosso processo com outros processos. Os processos de treino e competição são todos diferentes. Para nós é uma questão de concepção, mas mais do que isso é uma questão de “operacionalização”.
Começo por dizer o que tenho dito noutras alturas: não tenho preparador físico, pelo que não posso ter pastas de preparação física, pois como líder responsável pelo processo não teria pasta para lhe dar! Tenho sim colaboradores no processo de treino e jogo, com funções muito específicas, de acordo com as necessidades de gestão de uma época longa. Tudo se relaciona com a forma como treinamos. Não temos espaço para o treino físico, isto é, não temos espaço para os tradicionais treinos de resistência, força ou velocidade. É tudo uma questão de comportamentos! Exercitamos o nosso modelo de jogo, exercitamos os nossos princípios e subprincípios de jogo, adaptamos os jogadores a ideias comuns a todos, de forma a estabelecer a mesma linguagem comportamental. Trabalhamos exclusivamente as situações de jogo que me interessam, fazemos a sua distribuição semanal de acordo com a nossa lógica de recuperação, treino e competição, progressividade e alternância. Criamos hábitos com vista à manutenção da forma desportiva da equipa, que se traduz por um frequente “jogar bem”.
Sei que é uma questão difícil de desmontar sob o ponto de vista cultural. Além do mais existem pessoas, por direito próprio, a pensar de forma radicalmente oposta. Mesmo para os que dizem treinar com situações de jogos reduzidos, porque mesmo esses vivem agarrados e obcecados com tempos de exercitação, de repouso, repetições, etc. Todas estas questões são para nós “acessórias”. O que é crucial é mesmo o conteúdo de princípios de jogo inerentes a cada exercício e a relação interactiva que estabelecemos com o mesmo. O que é mesmo fundamental é entender que aquilo que procuramos é a qualidade de trabalho e não a quantidade, treinar para jogar melhor.
José Mourinho, na revista Record DEZ de 15 de Outubro de 2005

segunda-feira, 8 de junho de 2009

OPINIÃO

Perceber a diferença
por Carlos Campos

Ao realizar o ritual habitual de vasculhar memórias, felizmente ainda recentes, das aulas de Metodologia de Futebol do Professor Vítor Frade, encontrei uma crónica de Mourinho para a revista Record DEZ de 15 de Outubro de 2005 onde este procura desmontar uma série de conceitos chave em redor do seu entendimento acerca do Treino. Recordo-me bem de algumas polémicas geradas em torno destas questões, muitas dúvidas e mal-dizer que ainda hoje persistem naqueles que, por maldade ou incapacidade, não aceitam a diferença relativamente a uma forma de operacionalizar o processo de Treino. Depois disto já muita tinta correu, mas esta crónica não perdeu pertinência e este parece-me ser o espaço de eleição para a reavivar. Da minha parte atrevi-me a analisá-la à luz daquilo que acredito, interpreto e julgo saber.

(...) Desculpem-me os que são crentes, mas para nós não passam de vocabulário desactualizado.
Refiro-me a conceitos como treino físico, preparação física, pastas de preparação física, entre outros. Não critico quem pensa desta forma. Critico quem compara o nosso processo com outros processos. Os processos de treino e competição são todos diferentes. Para nós é uma questão de concepção, mas mais do que isso é uma questão de “operacionalização”.
Começo por dizer o que tenho dito noutras alturas: não tenho preparador físico, pelo que não posso ter pastas de preparação física, pois como líder responsável pelo processo não teria pasta para lhe dar! Tenho sim colaboradores no processo de treino e jogo, com funções muito específicas, de acordo com as necessidades de gestão de uma época longa. Tudo se relaciona com a forma como treinamos. Não temos espaço para o treino físico, isto é, não temos espaço para os tradicionais treinos de resistência, força ou velocidade. É tudo uma questão de comportamentos! (...)


Logo a abrir, Mourinho tem como primeira preocupação separar aquilo que é manifestamente oposto. Embora os mais distraídos ou menos lúcidos insistam em usar o mesmo rótulo para o treino de Mourinho e para o treino dos demais, isso encerra um erro tanto mais grave quantas mais são as vozes que procuram, pacientemente, explicar que existem diferenças abissais tais como as que permitem a distinção entre a densa Floresta Amazónica e o arenoso Deserto do Saara. Mesmo assim, a maioria continua a cair no erro de passear de camelo na Amazónia, daí a necessidade que Mourinho sentiu em, pela enésima vez, marcar aquilo que distingue a sua metodologia das demais.

Uma dessas marcas é, indubitavelmente, a ausência de “pastas de preparação física”, pois, na periodização do treino, Mourinho direcciona as suas preocupações noutra frequência. Contudo, esse referencial “físico” está de tal modo enraizado no treino desportivo em geral, e no Futebol em particular, que poucos são aqueles que conseguem entender, de uma vez por todas, que é possível haver alguém com sucesso estrondoso tendo como referência para o seu trabalho diário outra dimensão que não a física. E se são poucos os que entendem que é possível trabalhar desta forma, são ainda menos os que conseguem compreender o que está inerente a esta metodologia. E menos ainda aqueles que, depois de cumprirem as condições atrás enunciadas, conseguem operacionalizar o Treino segundo as demandas da Periodização Táctica. Reside aqui a explicação para o facto de Mourinho dizer que, antes de uma questão de operacionalização, é uma questão de concepção, pois a distância para o entendimento e aceitação desta metodologia é ainda de tal ordem gigantesca que não faz sequer sentido colocar a ênfase na operacionalização. Para se lá chegar ainda é preciso interiorizar que existe este conceito, esta metodologia, esta forma de pensar o Treino!

Os “colaboradores do processo de treino e de jogo” que Mourinho fala seguem a lógica de uma metodologia amplamente virada para a melhoria do “jogar” da equipa sendo a referência desse “jogar bem” o modelo de jogo definido e diariamente trabalhado. Isto é bem diferente de ter uma pessoa responsável pela componente física, pois aí a referência é outra e passamos a falar numa forma de periodizar o treino que nada tem a ver com aquilo que o então treinador de Chelsea defende. Não é somente uma questão de vocabulário. Não! É muito mais que isso!

(...) Exercitamos o nosso modelo de jogo, exercitamos os nossos princípios e subprincípios de jogo, adaptamos os jogadores a ideias comuns a todos, de forma a estabelecer a mesma linguagem comportamental. Trabalhamos exclusivamente as situações de jogo que me interessam, fazemos a sua distribuição semanal de acordo com a nossa lógica de recuperação, treino e competição, progressividade e alternância. Criamos hábitos com vista à manutenção da forma desportiva da equipa, que se traduz por um frequente “jogar bem”. (...)

O “jogar” torna-se, assim, o aspecto central de todo e qualquer processo metodológico e é em torno dele que tudo se desenvolve. A compartimentação de treino técnico, treino táctico e treino físico é algo que Mourinho não faz. O treino é sempre totalmente integral (o que é diferente de integrado!). Os ditos factores são integrados na medida em que todos os exercícios têm um objectivo táctico que os estrutura. A manipulação das condicionantes tempo, espaço, regras, etc, exercem também uma influência fundamental. Os fins estão sempre nos jogos! A predominância táctica é sempre trabalhada no contexto próximo da realidade e assim aparece o físico e o técnico mais específicos. A especificidade está presente quando, sendo capazes de caracterizar os princípios de jogo, o sistema que se vai privilegiar e as características dos jogadores que temos, actuamos sobre cada uma das nossas preocupações.

O modelo de jogo definido é constituído por princípios, subprincípios e sub-subprincípios de jogo e é sobre a melhoria destes comportamentos que se direcciona todo o processo de treino e aqui a melhoria diz respeito a tudo que os envolve sendo que, no final, o que se pretende é que todos os compreendam e interpretem eficazmente, traduzindo-se isso na “mesma linguagem comportamental” de que Mourinho fala. Esta lógica adquire uma complexidade tal que seria impensável estar a misturar isto com referenciais físicos.

A lógica de recuperação, treino e competição assenta na progressividade e alternância horizontal. Aprofundando ligeiramente estes dois conceitos podemos dizer que a ideia de progressão tem a ver com o modo como se passa de uns dias para os outros ser diverso, sendo que isso tem consequências evidentes. Isto resulta da circunstância de nos diferentes dias se trabalharem diferentes coisas, ou seja, há uma alternância, mas uma alternância horizontal: em cada dia trabalham-se coisas diferentes do “jogar” que se pretende.

O outro princípio que rege a Periodização Táctica é o princípio das propensões e consiste, sucintamente, na contextualização de determinadas coisas para que aquilo que se quer que aconteça, aconteça mais vezes. Isto é, concebe-se determinado contexto com o intuito de que ele conduza a determinado comportamento desejado.

O “jogar bem” de que nos fala Mourinho não é um “Jogar Bem” universal mas sim referenciado àquilo que se inscreve no seu modelo de jogo. Cada treinador almeja que a sua equipa jogue de determinada forma, contudo o caminho que cada um segue em busca do cumprimento dos comportamentos concordantes com o que o treinador pretende é que diverge substancialmente. Mourinho faz questão de assumir e explicar a metodologia que segue de modo a que as confusões e sobreposições indevidas desapareçam definitivamente.

(...) Sei que é uma questão difícil de desmontar sob o ponto de vista cultural. Além do mais existem pessoas, por direito próprio, a pensar de forma radicalmente oposta. Mesmo para os que dizem treinar com situações de jogos reduzidos, porque mesmo esses vivem agarrados e obcecados com tempos de exercitação, de repouso, repetições, etc. Todas estas questões são para nós “acessórias”. O que é crucial é mesmo o conteúdo de princípios de jogo inerentes a cada exercício e a relação interactiva que estabelecemos com o mesmo. O que é mesmo fundamental é entender que aquilo que procuramos é a qualidade de trabalho e não a quantidade, treinar para jogar melhor.

Culturalmente, e conforme já foi acima explicado, o referencial físico no treino é tido como universal e inquestionável, pois quase todos os trabalhos científicos publicados versam sobre esta temática. De facto, conforme diz Mourinho, existem “pessoas a pensar de forma radicalmente oposta”, mas importa salientar que a estrutura científica convida a trabalhos facilmente quantificáveis, de preferência com valores numéricos e, aí, entra o “publish or perish”, a pressão da publicação “obrigatória”. Tudo puxa para o mesmo lado e mesmo com o sucesso que Mourinho tem conseguido, poucos são os que realmente conseguem ir ao cerne da base que o sustenta, pois vivemos rodeados por conceitos bloqueadores de tal compreensão.

Por fim, Mourinho faz mais uma vez questão de deixar bem vincado que não tem nada contra as outras metodologias, sendo sua única intenção não permitir que essas se confundam com a “sua”. Neste contexto, surge a alusão ao treino integrado que, sistematicamente, surge como sendo aquilo que Mourinho faz. Os menos alertados para as questões desta metodologia julgam que arranjar um contexto jogado e, a partir daí, prolongá-lo mais ou menos tempo, intervalá-lo, promovendo alterações no espaço e no tempo visando solicitar mais ou menos este ou aquele sistema energético estão a operacionalizar a Periodização Táctica. Nada mais errado! Isto conduz-nos à ideia da preparação física com bola o que nos remete para o Treino Integrado onde a principal referência continua a ser o físico.

Quem efectivamente operacionaliza o treino segundo os pressupostos da Periodização Táctica tem como grande preocupação a operacionalização de uma ideia de jogo, ou seja, aquilo que mais marcadamente distingue a Periodização Táctica das demais é o facto de ter em conta o modelo de jogo o que, em termos de complexidade, ultrapassa largamente o ter em conta somente a modalidade. O entendimento de que, em competição, a organização de jogo é o que marca verdadeiramente a diferença. Daí que seja a dimensão táctica (não uma Táctica abstracta, mas os princípios de jogo) a coordenar todo o processo de treino semanal.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Viva a mediocridade reinante

O mundo em que vivemos é tão grande que possibilita espaço para todos. Até para aqueles que se acham no direito de utilizar, indevidamente, o trabalho dos outros para benefício próprio, sem o mínimo de respeito ou vergonha.
Vem isto a propósito de uns certos iluminados que, sem qualquer tipo de autorização e respeito pelos direitos de propriedade intelectual dos autores implicados, resolvem copiar os conteúdos deste espaço e colocá-los noutros espaços como se de propriedade sua se tratasse.
Já nem vou falar nesse ponto de bom senso e de civismo que é o pedir autorização. O mínimo seria identificar o autor e a fonte/espaço de onde o conteúdo foi retirado, mas não, esta espécie de terrorismo intelectual deve-lhes saber melhor...
Sinceramente, como não me vejo a fazer coisas deste género, nem sei o que passará na cabeça destes senhores... Não terão consciência de que o que fazem é ilegal? Ou estar-se-ão simplesmente a borrifar para os direitos de quem trabalha em prol de um projecto que está disponível a todos a custo zero?...
Medíocre, decadente, oportunista, vergonhoso, revelador de falta de decência e de consideração, já para não falar de falta de ideias próprias de qualidade ou originalidade...
Mas, como referi no início, o nosso mundo é grande e, portanto, cabemos cá todos. Até os medíocres, os pseudo-iluminados, os chicos-espertos,...
Nuno Amieiro

PS - não me faz confusão, bem pelo contrário, que as pessoas, pelo interesse que um qualquer texto lhes suscite, o resolvam copiar para guardar ou até publicar noutro espaço onde possa chegar a mais pessoas... mas há formas e formas de o fazer!!!...

terça-feira, 2 de junho de 2009

QUEM FALA ASSIM NÃO É GAGO

Cada vez maior o convencimento de que os conceitos de que normalmente nos servimos para conceber a «REALIDADE» estão mutilados e conduzem a acções inevitavelmente mutiladoras.
Vítor Frade (1985)